O período entre 1985 e 1995 foi um momento de transformação para a TAG Heuer, com a apresentação da última versão do relógio Carrera. Com a consolidação da nova propriedade de Techniques d'Avant Garde (TAG) e com o mercado de relógios suíços passando por mudanças rápidas, a TAG Heuer embarcou em uma nova estratégia para as suas coleções. Os relógios de mergulho iriam dominar o catálogo da TAG Heuer, com a apresentação da popular coleção Series 2000 em 1985, além do surgimento das linhas Formula 1 em 1986 e S/el (renomeada "Link") em 1987. Todas estas três coleções continuam existindo até os dias de hoje.
Com a popularidade do seu relógio de mergulho e das coleções Formula 1 e S/el, em 1996 a TAG Heuer desenvolveu uma nova coleção voltada para os cronógrafos clássicos da década de 1960. Em setembro de 1996, no fim de semana do Grand Prix da Itália em Monza, a TAG Heuer reuniu pilotos renomados dos anos 1960 e outras personalidades para apresentar o novo relógio Carrera. De todos os VIPs presentes em Monza, um chamou a atenção de forma especial. Depois de 14 anos e após vender a empresa centenária da família, Jack Heuer estava de volta a Monza para reencontrar seus amigos da Fórmula 1, mas acabou indo além de uma simples visita social. O criador do cronógrafo Carrera durante a corrida de 1962 e que também havia apresentado o primeiro Carrera automático em 1969, exibia um novo modelo Carrera.
Este relógio Carrera foi inspirado no primeiro modelo de 1963, mas também representava o início de uma série de relógios que iria perpetuar a paixão pelas corridas automobilísticas, presente até os dias atuais.
A reedição do relógio Carrera foi lançada com uma linha de três modelos: Carrera com o mostrador preto e caixa em aço (CS3111), Carrera com o mostrador branco e caixa em aço (CS3110) e Carrera com o mostrador branco e caixa em ouro 18 ct (CS3140).
A primeira reedição do relógio Carrera foi fiel ao modelo Heuer Carrera original de 1963 em praticamente todos os aspectos, da caixa de 36 mm em aço à geometria dos acionadores e da coroa, passando pelo design do mostrador e do contador. Todas as três versões da reedição do relógio Carrera 1996 possuem a escala decimal estampada no mostrador, representando um dos modelos disponíveis em 1963 (referência 2447 D). A escala decimal de minutos remete ao uso do cronógrafo Carrera como uma ferramenta para corridas, já que as orientações para navegação e rally são expressas em 1/100 de minutos ao invés de ser em segundos. A diferença da reedição com os modelos de 1963 está na escrita da palavra "Carrera" no mostrador, acima do emblema Heuer, algo presente na versão original, mas não na atual.
Os modelos da reedição do relógio Carrera de 1996 possuem o movimento de corda manual Lemania 1873. Enquanto o relógio Lemania 1873 substitui os cames pela roda de coluna usada no movimento Valjoux 72 do modelo Carrera original em um período marcado por cronógrafos cada vez maiores, o tamanho relativamente compacto do movimento (12 linhas em comparação com as 13 linhas do movimento Valjoux 72) permitiu à TAG Heuer manter as dimensões da caixa do relógio Carrera original.
Em 1999, a potência do futebol italiano, o time A.C. Milan permitiu que os fãs escolhessem o "jogador do século" em comemoração ao seu centenário. O vencedor foi o herói local Franco Baresi, que passou toda a sua carreira de 20 anos jogando no A.C. Milan. Para comemorar a ocasião, encomendou-se uma edição especial com 200 unidades da reedição do relógio Carrera com o mostrador branco (CS3110). O relógio possui o mesmo número de referência da edição padrão.
O sucesso da primeira reedição do relógio Carrera em 1996 significava que as séries de reedições passariam a ser frequentes na TAG Heuer. Seguindo o sucesso da reedição do modelo Carrera, a TAG Heuer ampliou a linha de reedições Carrera e criou a reedição do relógio Monaco em 1997. Outros modelos seguiriam a mesma estratégia, como o relógio Monza em 2000 e o Autavia em 2003